Segunda-feira, 21 de Março de 2011

 

 

"No dia 21 de Março comemorámos a Primavera e o Dia Mundial da Poesia." - Francisco, 4.º ano

 

"Plantámos dois sobreiros, com muito amor e carinho... Eram tão pequeninos!" - Diogo, 1.º ano

 

"A nossa professora declamou uma poesia, de António Gedeão, intitulada Poema das Árvores (in Obra Poética, Lisboa, edições, JSC,2001)  Era um pouco triste e fez-me pensar no tão sozinhas que as árvores estão... Elas que nos dão a vida são tão solitárias! É dever da Humanidade zelar por todas elas." - Melanie, 3.º ano

 

As árvores crescem sós. E a sós florescem.

 

Começam por ser nada. Pouco a pouco

se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.

 

Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,

e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.

 

Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,

e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,

e os frutos dão sementes,

e as sementes preparam novas árvores.

 

E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.

Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.

Sós.

De dia e de noite.

Sempre sós.

 

Os animais são outra coisa.

Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,

fazem amor e ódio, e vão à vida

como se nada fosse.

 

As árvores, não.

Solitárias, as árvores,

exauram terra e sol silenciosamente.

Não pensam, não suspiram, não se queixam.

Estendem os braços como se implorassem;

com o vento soltam ais como se suspirassem;

e gemem, mas a queixa não é sua.

 

Sós, sempre sós.

Nas planícies, nos montes, nas florestas,

A crescer e a florir sem consciência.

 

Virtude vegetal viver a sós

E entretanto dar flores.

 

 "A professora também leu esta história... Afinal as árvores não estão sós! São poetisas e sonham! Têm os olhos da imaginação... Mas também têm os olhos dos animais que nela vivem: aves, formigas, lagartos..." - Leonor, 4.º ano

  

 

 " Eu gostava de ser árvore bailarina, vestida de folhas e flores." - Nicole, 2.º ano

" Se eu fosse árvore daria os meus ramos às crianças do Souto da Casa e faríamos uma roda de esperança!"- Sofia, 2.º ano

" Eu gostaria de ser um castanheiro e abrigar as aves do frio da noite."- Guilherme, 2.º ano

"Se eu fosse árvore gostaria de dar sonhos a todas as crianças do mundo." - Joana, 2.º ano

 

 



publicado por Telha a telha... às 20:57
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